domingo, 22 de junho de 2008

Se a coruja não é d’aqui, é Dalí.

Se a coruja não é d'aqui...

Eu não devo ser normal mesmo não! Quem convive comigo no dia a dia cansa de falar isso. Mas hoje, excepcionalmente, faço questão de concordar com essas pessoas porque acabo de me definir como adoradora de tudo aquilo que é petecado (trapaiado ou qualquer outro sinônimo que preferirem).

Como tudo que é petecado é escória do senso comum, e como senso comum é a maioria normal, sou eu anormal.

Mas o quê de extremamente petecado me leva a escrever mais esse texto?

Bom, estou eu a ler um livro (aparentemente normal) de biografias: ‘A Vida das Musas’. Biografia é algo chato que fica mais chato ainda se é sobre alguém chato ou se quem lê é alguém chato. Mas se alguém tem o meu talento (pouco valorizado) de filtrar coisas que não prestam das mais monótonas ocasiões, ah!... Uma biografia pode ser um tesouro não lapidado!

Tudo bem! Eu sou boazinha e vou lapidar alguma coisa da biografia de Salvador Dalí. Sem cobrar nada!

Se você visualiza os quadros desse pintor, já cai para traz. O homem era um maluco de marca maior, tinha algum distúrbio de hipercriatividade e era COPRÓFILO (quem tem fascínio por fezes e excrementos).

Certa vez, Salvador foi se encontrar com um notável poeta da época: Éluard. Esse senhor era importante e Salvador devia manter total integridade nesse encontro. O que aconteceu ao vê-lo é narrado por um trecho extraído do ‘A Vida das Musas’ (pág. 244. Edição Única).

“Na presença de Éluard, Dalí foi magicamente curado dos ataques de riso histérico que o haviam perseguido durante anos e que recentemente tinham se tornado fonte de intensa preocupação para seu pai e sua irmã. Esses ataques tinham início quando imaginava uma coruja sentada na cabeça de quem estivesse conversando com ele – uma coruja que levava, em sua própria cabeça, um pedaço de cocô de Dalí. Com Éluard, ele se sentiu inexplicavelmente impedido de evocar a imagem que, de maneira inevitável, provocava-lhe o riso e teve de elevar sua fantasia para um outro nível. Dalí imaginava a coruja de cabeça para baixo, grudada com seu excremento na calçada – o que fez com que risse tanto que chegou a rolar no chão antes de poder continuar sua caminhada.”

... é Dalí.

Avidez por leitura mata e eu sou o exemplo vivo disso. Para quê fui ler isso?! Resultado: O meu grau de anormalidade está aumentando e já estou começando a ver coruja com fezes na cabeça de quem converso.

Podem mandar me internar!

sábado, 21 de junho de 2008

Eh pai!

De piadista aqui em casa bastaria eu, mas tem um monte!
Meu pai falou que a música de abertura da novela ‘A Favorita’ é Michael Jackson em tango. Kkkk! “É mole, mas trisca para ver o que acontece!” (Como já diz José Simão na Folha Ilustrada).
O meu velho é ainda mais engraçado quando tem crise de ciúmes. Ciúmes de mim, é claro! A primogênita dele! (Nuuu! Até estufei o peito para falar agora).
Essa semana meu plano de fundo da área de trabalho do computador foi essa foto aqui oh:

Clica na imagem para ampliar e salve-a se quiser!

Brad Pitt e alguns dos seus filhinhos adotivos! Chiquerrérrima neh é não meninas?
Meu pai não achou. Quando ele foi ligar o PC para jogar spider, viu a foto. Foi curto e grosso: Ou tira a foto ou eu te deserdo!

É! A coisa aqui em casa é na rédea curta.
Precisa falar da reação do dad quando o pedi para me levar no show do Latino (ontem, aqui em Divinópolis)?

Então eu vou contar. Primeiro ele veio com a história de que a gasolina tinha acabado. Aí eu falei para ele ir no meu carro. A desculpa posterior era de que ia ter tiroteio entre das facções rivais do bairro Niterói (um bairro periférico da cidade de Divinópolis, mas que não tem cara de ter facções rivais. Kkk!).

Mudar a foto do Brad Pitt é fácil, mas deixar de ir ao show do Latino não é não. Fiz papai me levar e ficar lá. Até arriscou dançar ‘festa no apê’. Leitores não se preocupem! Eu estou passando bem e não teve nenhum tiroteio no show. A autora está aqui vivinha para contar a história. E o Latino é realmente lindo! (Não mais que o meu pai).

sábado, 14 de junho de 2008

Filho de porca peidorreira!

Lugar: Oficina.
Ocasião: Eu precisava alinhar meu carro. Mais que isso, queria que fosse na minha frente para adquirir noção de como funciona.

Mecânico: ‘Pode deixar o seu carro aí que eu vou terminar aquele que está lá dentro e depois começo no seu. ’
Eu: ‘Você demora com o carro que está lá? Porque eu posso esperar. ’
Mecânico: ‘Não, mas eu vou almoçar depois de alinhar aquele carro e quando eu voltar é que eu vou mexer no seu carro. ’
Eu: ‘Volto um pouquinho mais tarde então, quero ver como funciona o alinhamento. ’
Mecânico: ‘ Você tem agulha e linha? Traz uma máquina de costura também.’
Eu: ‘FILHO DA PUTA!’ (Pensei, não falei. Estou praticando não-violência no trânsito, então só levantei o dedinho do meio para ele. Na verdade a reação foi sair cantando pneu... Ops! Com fusca não tem jeito de cantar pneu. Que merda!)

Resultado: Existem milzis oficinas na cidade. O coitado do mecânico não levou meu dinheiro e se a família dele passar fome, ele é quem vai ter de costurar para ganhar dinheiro. A praga foi rogada!

Desabafo: Otário! Filho de porca peidorreira! Brinquedinho de creche! Estrume de jegue! Escarro de bêbado! Parasita de intestino de sapo!

Estratégia: Nessas horas eu queria ter um daqueles brinquedinhos japoneses para filmar uma coisa dessas e meter processo!

Ai que raiva!

domingo, 8 de junho de 2008

Os cinco livros.

Meu parceiro blogueiro Cochise César me convidou para participar de uma corrente. Uma corrente de livros: Falar sobre cinco livros. Eu estou entregando meu ‘five list’ atrasada e peço desculpas antecipadas a ele.

É bom esclarecer que NÃO comento aqui os cinco melhores livros que já li pela minha vida. Escolhi simplesmente aqueles livros que tormentam minha cabecinha nos últimos dias.

Vamos a eles.

Terminei de ler no final de Abril...
‘O Rei do Inverno’ de Bernard Cornwell. Editora Record.

Narrativa clara e simples. Muito prazerosa! O livro reconta a história do lendário Rei Artur. Um rei que assim foi consagrado, mas nunca chegou a ser realmente um rei.
O legal do livro é que ele foi elaborado dentro de pesquisas reais do próprio autor. É uma invenção em cima de fragmentos reais que o autor encontra do período medieval.
As surpresas do livro são muitas. Por exemplo, Lancelot nunca foi um grande lutador. Lancelot apenas teria pagado os bardos (poetas que narravam artisticamente as guerras) para falarem bem de sua pessoa como bom lutador. Outra surpresa deliciosa é ler que Artur também cometeu loucuras por amor. E a protagonista dessa insanidade seria uma linda e ruiva mulher: Guinevere. Por causa dela Artur leva toda a antiga Britânia à guerra.
No pano de fundo da doce narrativa encontramos um amargo conflito entre o Politeísmo e a Religião Cristã. É brilhante a forma como o autor retrata essa transição da fé na Idade Média! Sem tomar partido em nenhuma das crenças, há passagens que o autor debocha do cristianismo, como quando Guinevere (adepta ao politeísmo) xinga o bispo Sansun (cristão) e fala que ele é um tolo por construir um templo para um Deus carpinteiro nascido num curral. A crítica ao politeísmo acontece quando um exército de homens barbudos não consegue, por medo dos Deuses, transpor uma barreira de feitiços infantis feitos pela personagem Nimue.
O livro pertence a uma trilogia. Tem 544 páginas, mas juro que quem ler nem vai ver elas se passarem.
Livro de cabeceira...
‘Toda Mafalda’. Quino. Editora Martins Fontes.

Dizem as más línguas que quem lê histórias em quadrinhos é gente preguiçosa que odeia livro. E o que diriam essas mesmas pessoas se elas vissem um livro em quadrinhos? Sim, 420 páginas! Isso mesmo! 420 páginas com 5 tirinhas cada! E a mágica maior da obra é que as tirinhas têm seqüência! A gente pode ler o livro como um dicionário (uma tirinha de cada vez) ou como uma obra na íntegra!
Sou super suspeita para falar da Mafalda. Sempre fui apaixonada por essa argentinazinha e desde quando a vi numa prova de português da quinta série, não consigo abandoná-la. Comprei esse livro quando recebi meu primeiro salário e é a coisa mais preciosa e carregada de ciúmes que possuo entre todas as minhas outras coisas. É isso mesmo! O tanto que vocês pensarem que eu sou tarada por ela... multipliquem por 100 vezes! É um amor tão incondicional que nem ligo quando ela resolve me xingar de estar lendo muita história em quadrinho:

Comprei na banca de promoção e estou lendo...
‘A vida das musas - Nove mulheres e os artistas que elas inspiraram’. Francine Prose. Editora Nova Fronteira.

Se eu tivesse vivido nas décadas passadas, com certeza eu era uma daquelas mulheres mal faladas pela sociedade. Não, eu não seria uma prostituta, mas eu usaria meus lindos cabelos castanho-escuros para seduzir um homem que tivesse poder. Como naquela época mulher não tinha voz, nada mais inteligente do que dominar as figuras masculinas que tinham. Talvez essa seja a apropriada tradução para a palavra ‘musa’: uma mulher que sabe fazer picadinho do coração masculino.
E quem são as nove mulheres e os nove homens importantes com corações picadinhos? São elas: 1 Yoko Ono e o seu beatle John Lennon; 2 Gala Dalí e o pintor Salvador Dalí; 3 Suzanne Farrell e coreógrafo de balés Balanchine; 4 Alice Liddell e o escritor Lewis Carroll que escreveu ‘Alice no País das Maravilhas’ em sua homenagem; 5 Lou Andreas Salomé e seus três afairs (o que modifica os números para 11 homens de coração picadinho!). São eles: os filósofos Nietzsche e Freud (Ela pegou os dois!) e o poeta Rilke; 6 Hester Thrale e o doutor Samuel Johnson; 7 Charis Weston e o fotógrafo Edward Weston; 8 Lee Miller e Man Ray (não conheço); 9 Elizabeth Siddal e o pintor Dante Gabriel Rossetti.
O livro é muito bom! Oscila entre partes românticas e partes picantes! Os detalhes em cada página envolvem o leitor a todo instante.
Como é uma leitura atual, futuramente posso postar trechos da obra para os ilustres leitores do ‘Chuva de Containers’.

quero comprar...

‘Guerra de Esperma’ de Robin Baker. Editora Record.

As partes que eu já li do livro me fizeram ter muito nojo! O livro é para quem tem estômago. Mas eu estou precisando de uma obra como essa para por de lado algumas caretices. O livro narra os pormenores do ato sexual. Segue a seguinte estrutura: O autor narra um episódio com direito a personagens e cenas muito picantes e detalhadas. Depois ele explica com naturalidade o fato cientificamente falando. Como a revista Veja também comenta: ‘Eis uma boa explicação para o sucesso do livro. As pessoas têm uma desculpa bastante consciente para comprá-lo -- vão ler páginas de alta voltagem erótica com a desculpa de que estão às voltas com um legítimo tratado científico.’
Leiam a crítica da Veja clicando aqui. Vocês todos vão ficar curiosos e sedentos pelo livro!

Baixei da internet e leio uma parte toda vez que ligo o computador e não tenho internet (ou seja, dia de semana)...
‘A Menina Que Roubava Livros’ de Markus Zusak. Editora Intrínseca.


Sim, eu confesso que comecei a ler o livro por causa do título e porque ele está na lista dos mais vendidos da Veja. Mas péra aí, também não me culpem! Se toda vez que eu agir por modismo eu descobrir um tesouro como foi o caso desse livro, quero seguir a moda sempre!
Sabe quem narra ele? A Morte. Ela muito boa escritora viu? E como. A história, em si, é simples. Narra a vida da menina Liesel Meminger na época da Alemanha nazista. O livro é bem escrito, poético, filosófico... é simplesmente lindo!
No início da história a Morte faz associação entre a ‘cor do céu’ e os momentos de ‘vida’ e ‘morte’. Essa passagem é só um aperitivo das futuras palavras que vão revirar todos os sentidos e todas as emoções dos leitores.

sábado, 7 de junho de 2008

Comer pooode!

Ao que tudo indica, o segredo para viver mais é economizar batimentos cardíacos. Talvez a melhor forma de fazer isso seja ficar GORDO(A) ou evitar situações que façam seu coração disparar: paixões, depilações, montanha russa, sexo, etc.

Tudo isso, porque as espécies de mamíferos e aves parecem possuir um pacote preciso de batimentos cardíacos para serem gastos durante toda vida. Como se ao nascer lhe fosse informado assim: “Você tem tantos zilhões de batimentos. Se o seu coração dispara, você está desperdiçando batimentos cardíacos. Esses lhe faltarão no final da vida. Ou seja, você vai viver menos se deixar o coração bater rápido”.

Vejamos a lógica disso.
(O que ‘ser gordo’ tem a ver com batimentos do coração, também está mais adiante).

Parece haver uma relação muito íntima entre batimentos cardíacos e tempo de vida: Maior taxa de batimentos por minuto = menor tempo de vida. Espécies com alta taxa de batimentos cardíacos por minuto têm alto metabolismo. Alto metabolismo implica em menor tempo de vida. O organismo executa reações químicas de forma muito rápida e acaba se esgotando cedo. Um rato, por exemplo, vive apenas alguns meses, mas tem maior número de batimentos por minuto que um elefante (que vive por anos).

Não é tão indecente supor que TODAS as espécies de mamíferos e aves talvez tenham aproximadamente o mesmo número de batimentos durante toda a vida!

Acompanhem o raciocínio.

Conclusões Marianísticas:

O ideal, para nós humanos (mamíferos primatas. Oh que descoberta!) que queremos viver mais, é possuir o menor números de batimentos por minuto.

Sabe-se que entre mamíferos e aves há uma relação inversa entre taxa cardíaca e o peso corpóreo. Seguindo a lógica, quanto mais gordinho ou grandinho for o animal pertencente a essas duas classes, menos o seu coração haverá de bater. Animal gordo = menos batimentos por minuto. Animal magrinho = mais batimentos por minuto. Ou seja, ENGORDAR é a melhor forma de VIVER MAIS! Vocês terão menos batimentos cardíacos por minuto e mais tempo de vida.

Urgente! --> Pessoas leigas se informem! O texto é um sofisma.

domingo, 1 de junho de 2008

Ah Filosofia!

Dia: 30 de maio de 2008.
Horas: 9 e meia da noite!
Local: Sala de aula.
Aula: História e Filosofia da Ciência. (Uma daquelas matérias que você não sabe o que está fazendo dentro da grade do seu curso!).
Professor: “Existe uma obra muito importante que questiona essa origem do cosmo, um livro cujo nome é “Reflexões sobre a natureza das coisas”. Ele foi escrito por Francis Bacon.”
Cairo (ele estava sentado perto de mim.): “Ai que fome! Que vontade de comer bacon!” (Comentário sem a menor intenção de fazer piadinha. O professor é um cara super sério!)

Ainda em clima de Filosofia...
Achei uma comunidade ótima no orkut: Receitas em prova de Filosofia.
Dá só uma lidinha na descrição:

"...Com isso, Marx viu na alienação humana o lado negativo do trabalho. Entretanto, um bolo de chocolate iria bem agora. Adicione uma xícara de chocolate em pó, dois ovos, uma pitada de noz moscada e bata por cinco minutos na batedeira. Unte uma assadeira e despeje os ingredientes depois de prontos. Pronto, seu bolo tá feito. Conseqüentemente, o ser humano, numa concepção marxista, não é como uma essência fixa e abstrata, mas como vir-a-ser, determinado pelo desenvolvimento das forças produtivas."