domingo, 27 de julho de 2008

Espalhando água.

Clicou, ampliou! É só ler!

Olha o jacarezinho!

Caraca! Que zica pairou sobre mim essa semana! Não postei necas pitibiribas porque fiquei emocionalmente abalada com a falta da minha mãe e por uma descoberta terrível que tive (a descoberta terrível eu conto numa próxima postagem ainda essa semana).

A questão é a seguinte. Meu pai levou minha mãe para pescar durante sete dias! Sete Dias! UMA SEMANA! (para ser mais precisa).
Tinha tudo para ser algo romântico e chique para um casal, porque a pescaria não era num córregusinho qualquer, mas no Rio São Franscico oras! ‘Lugar da elite pescadora!’, como minha própria mamãe definiu.

E qual o problema nisso tudo? (Devem estar vocês leitores se perguntando). Eu respondo e já lhes adianto que o problema não foi só um, mas vários! Variando do ponto psicoanalítico ao psicoegoístico.

O ponto psicoanalítico é que 70% das mulheres (vou escrever um almanaque com as minhas estatísticas) não gostam de pescar. Minha mãe é uma delas. Ela foi arrastada, tipo isso: (mas é que o cabelo dela é um pouquinho menor).


O ponto psicociumístico é que eu faço parte dos 30% de mulheres que gostam de pescar. E o meu pai não me levou! Levou minha mãe e me esqueceu aqui! Tudo bem que eu estou trabalhando e não poderia ir, mas e aquela promessa de ir ao Pantanal nas férias de julho de 2008? (Ein pai? Estou perguntando!) São Francisco já ia ser tão bom! (Ah nem mesmo!)

Mas já que o troglodita do meu pai iria sem mim de qualquer jeito, custava a ele ter deixado a minha mãe aqui?
E aí entra o ponto psicoegoístico. O Sr. Meu Pai largou eu e a minha irmã aqui. SO-ZI-NHAS! Sem mamãe eu fiquei sem café, sem comida magicamente temperada, sem conselhos de como evitar homens abusados, sem leite quente antes de ir trabalhar, sem despertador para acordar, sem cabeleireira (estou com um queimadão de chapa no pescoço!)... EU FIQUEI SEM MÃE ORAS!

A raiva era tanta, que roguei uma praga para que um jacaré levasse o dedão do pé do meu pai. Mas como o homem não estava era no Pantanal, confabulei que não seria nada mal o papi ser transposto junto ao Rio São Francisco para o Nordeste.

Não tocassem na minha mãe! Eu realmente preciso muito dela!

Meu pai pescando!

* As ilutrações são de tirinhas do Fernando Gonçales.

domingo, 13 de julho de 2008

Ninguém merece esse texto!

Eu tinha tudo para passar minhas férias em paz, não fosse a complacência dilacerada de Felipe Lacerda e a leitura sobre a vida do totalmente estranho pintor: Salvador Dalí.

Eu andei descobrindo que o Felipe e o Dalí são EMO! E antes que ele (o Felipe) venha com uma verborragia para me xingar, que ele entenda que essa é apenas a minha definição para pessoas sensíveis ao extremo. Definição para pessoas que conseguem chamar a atenção por suas esquisitices e fazem questão disso.

Mas esse texto é sobre o Dalí e não sobre o Felipe (Catzo!).

Eu continuo lendo ‘A vida das musas’ e não bastasse me contaminar com aquela história de coruja com fezes, encontrei outras idéias fantásticas no livro!
Na verdade, o livro cita trechos de uma autobiografia: ‘A vida secreta de Salvador Dalí’ (um livro certo na minha lista de compras!).

O primeiro trecho (pag. 249) é um manual para a criança introspectiva poder chamar a atenção dos coleguinhas na escola. (Certeza que o Felipe já fez isso!)

Sendo uma criança tímida, Salvador Dalí ansiava por atenção. Na escola ele descobrira, acidentalmente, o quanto jogar-se escada abaixo aumentava sua reputação.

Dalí em seu livro: Eu me joguei do alto da escadaria durante o segundo intervalo do recreio, bem no momento em que a animação no pátio estava no auge (...). Antes de me despencar lá de cima, lancei um grito agudo para que todos olhassem para mim (...). Aquilo foi um estímulo e tanto para que todos olhassem para mim (...). Aquilo foi um estímulo e tanto para continuar, e de tempos em tempos eu repetia a minha queda. A cada vez que eu ia descer a escada, havia grande expectativa. Será que ele vai se jogar, ou será que não? Qual era a vantagem de em comportar pacata e normalmente quando percebia que centenas de olhos estavam ansiosamente me devorando?

O segundo trecho (pág. 250) explica as razões de Dalí para pintar relógios derretidos.
Tudo ligado ao mais piegas sentimento de todos os tempos: AMOR.


Como me vestir, como descer uma escada sem cair 36 vezes, como não perder continuamente o nosso dinheiro, como comer sem jogar o osso de galinha no teto, como reconhecer nossos inimigos (...). Gala (esposa e amante dele), com a saliva petrificante de sua devoção fanática, conseguiu construir para mim uma concha para proteger a nudez vulnerável do ermitão que eu era, de modo que, em relação ao mundo exterior, eu assumia mais e mais a aparência de uma fortaleza, enquanto dentro de mim seguia amadurecendo na maciez, e na supermaciez. E no dia em que resolvi pintar relógios, eu os pintei macios.

(Conclusão para leitores que não fazem idéia de quem seja e nem querer saber quem é Felipe Lacerda)

Tão romântico isso, não é? Quando eu me apaixonar, vou arriscar escrever textos derretidos neste blog. Não queiram saber no que vai dar!

(Conclusão para o Felipe)

Antes relógios ou textos macios que duendes cor de rosa!

Eu mato o sapo e mostro o pau!

Esse vídeo é um estudo da anatomia de anfíbios. Ocorreu em uma aula de Zoologia de vertebrados na minha faculdade. A corajosa que abriu o bichinho foi eu. O áudio está ruim, mas o reproduzi logo em baixo.

A foto já fez sucesso e espero que o vídeo também faça.

Enjoy!

Professora: Abre e não faz mais nada não!
Emanuelle: Ele é molinho!
Voz sem identificação: A Mariana também abrindo isso...
Mariana: Ai que delícia!
Vanderlaine: Delícia?
Mariana: Tão gostoso abrir isso!
Cairo: Ali gente! Pára!
Mariana: Ui!
Voz não identificada: Olha a perna!
Cairo: Ele tá mexendo a perninha... Ali o coração dele batendo!
Vanderlaine: Ele tá morto!
Outra voz: Ele tá morto!
Taty: Ela (a professora) falou que ele faz de tá morto.
Cairo: Ela falou que o coração dele fica batendo.
Professora: Já abriram?
Cairo: Ah é p’ra abrir até a boca, só isso... Imagina se o sapo pula e sai voando tripa?
Vanderlaine: Nussa senhora!
Professora: Agora gente... Pára aí um pouquinho Mariana! Só um minutinho. Tira o chumaço de éter e abre a boquinha para vocês verem por dentro.
Cairo: Pode tirar o chumaço?
Professora: Pode tirar.
Mariana: Na boca do sapo.
Todos: Ahg! Ugh! Ahgh! Ugh!
Professora: Pega a língua e tira.
Todos: Ahg! Ugh! Ahgh! Ugh!
Cairo: Alguém se candidata a provar?
Vanderlaine: Não.
Emanuelle: Pára Cairo!
Simone: Aqui a língua dele.
Professora: Tem dois buraquinhos no céu da boca. No céu da boca...
Voz sem identificação: Que nojo!
Emanuelle: Sapo é muito nojento!
Professora: ... São duas cóanas, comunicação da narina com o céu da boca, tá?
Um outro detalhe...
Mariana: Cadê? Narina com o céu da boca... Dois buraquinho aqui oh!
Cairo: Agora mesmo as tripa cai.
Pedro: Mostra aí para mim!
Voz sem identificação: Deixa eu ver?
Mariana: Aqui oh, tá vendo? Dois buraquinho aqui oh.
Voz sem identificação: Deixa eu ver? Vira para cá Mariana?
Tamara: Mariana, você vai jogar os resto dele aí.
Cairo: Olha o sapo que tá ali em cima.
Mariana: Aqui oh! Coanas aqui oh! Dois buraquinho na frente. A língua aqui oh! Muco, muco, aquess muco! kkk
Cairo: Gente vocês estão matando um príncipe!
Mariana: Mucosa e submucosa.
Professora: ... Ouvido médio tá certo?
Mariana: Sei onde que é o ouvido médio não.
Cairo: Cadê o ouvido médio? Olha o coração dele batendo, péra aí Andréia (professora)!
Mariana: Cadê coração dele?
Cairo: Aqui o coração oh, olha! Olha!
Todos: O Coraçããããããoooo!!!!
Nayane: Tá mesmo!
Raquel: Tadinho!
Os que estavam morrendo de nojo: Ouuhhhhhg!
Professora: Depois vocês lipem a mesa que a turma do sexto período vai vim pra cá.
Mariana: Péra aí!
Professora: Agora observa a pele dele por dentro.
Cairo: Cadê o ouvido dele? Péra aí. Onde tá o ouvido coisinha... oh Andrea (professora)?
Voz: Tá batendo!
Cairo: Andréa?
Emanuelle: Gente o coração dele tá batendo!
Voz: Ah!
Cairo: Por isso que tá falando: meu coração por ti bate como caroço de abacate.
Voz: Cadê o ouvido dele?
Professora: Mostra p’ro Cairo aí a membrana timpânica.
Mariana: Gente olha comigo, só um minutinho o coração batendo, tá mais interessante!
...
Mariana: Aqui oh, tira a pasta.
Professora: Tem uma cartilagem que protege o peito tá? Protege.
Vanderlaine: Cadê? Cadê o negócio do tímpano?
Mariana: Tira a foto do coração batendo?
Vanderlaine: Tô filmando.
Mariana: Tá?
Vanderlaine: Tô.
Mariana: Que que é a membrana timpânica?
Emanuelle: Gente alá!
Mariana: Abri então. Que nojo!
Cairo: Não abre mais não!
Mariana: Aqui, essa aqui deve ser a virilha né?
Kkk!
Cairo: Olha, depenou ele... cadê isso aqui que ela (professora) falou que é vascularizado aqui? Levanta esse troço para ver o que é vascularizado.
Emanuelle: Nossa olha!
Cairo: Olha aqui que tanto de vaso!
Voz: Deixa eu ver? Deixa eu ver?!
Mariana: Péra aí, vô bota... põe a a a bandeja do lado de lá pra eu colocar pro ceis aí ver.
Cairo: Cadê a membrana timpânica Andréia?
Mariana: Cadê a membrana timpânica Andréia?
Cairo: Péra aí Mariana... Deixa eu ver?
Mariana: Uma minhoquinha faz ginastiquinha, ela tá filmado e tô fazendo assim!
Cairo: Cadê Andréia a membrana timpânica?

domingo, 6 de julho de 2008

To be or not to be!


Todo blog tem um texto relacionado à 'crise existencial', eis o meu:

Ta aí! Eu queria me chamar Mulher Gata, ter sete vidas e morar na Suíça p’ra comer chocolate o dia inteiro!
A Mulher Gata casa com o Batman? (uhn... Acho que não!) Então eu não quero ser mais a Mulher Gata também não!

Eu quero morar na Índia e ter um elefante. Aí eu ia tirar carteira de dirigir elefante e ia andar pela Índia inteira!
Será que um elefante é muito caro? Eu posso montar um negócio de elefantes! Produzir elefantes ‘in vitro’ e comercializar na Índia. Já sei, vou montar uma auto-escola, melhor, uma elefanto-escola!
Mas xiiii! A gestação de um elefante é demoraaaada e eu vou ter que pagar gente para adestrar os bichinhos. Idéia sucumbida!

Já sei! Eu vou ser Mulher Melancia nos Estados Unidos. Até as bundas-murchas brasileiras como eu, têm protuberâncias melhores que as Americanas. Será que Mulher Melancia faz sucesso nos Estados Unidos?

Ah! Está decidido! Eu vou virar locutora de rodeio. Aí posso viajar para o exterior, conhecer o Texas. Solto meu cabelão castanho-escuro, ponho uma bota bico fino, chapéu branco, e vou lá p’ros bretes anunciar aqueles peão buniiiito que pula no lombo de boi brabo.
Ixi! Tenho medo de boi brabo!
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Enquanto a decisão do 'o que vou ser quando crescer?' extrapola o alcance dos dedos, sigo aproveitando o presente. Sigo aproveitando estas belas férias!
Eu estou indo para a roça. Vou capinar para ver se as idéias sobrevivem. Respirar ar puro!
Até semana que vem!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Se beber, não tome água com carvão!

E o fim do meu período letivo da faculdade foi comemorado entre baldadas de Vodca e pagode improvisado. Tudo numa seletiva festa para as 50 pessoas do busão mais badalado de Itaúna: Transa Araújo! Essas festas acontecem no caminho Itaúna-Divinópolis (MG) e duram aproximadamente 1 hora. O tempo que a viagem dura. Tirando a bebida e a qualidade musical, a festa foi até boa! Mas aí vocês se perguntam: Tirando a bebida e o pagode, sobra o quê? E eu respondo. Sobra o SHOW! O ESPORTE! E a dica de como fugir do bafômetro!

Bebida alcoólica, para mim, e acredite, para mais de 60% da população, é algo saborosamente ruim. E mais! Todas essas pessoas trocariam cerveja por Coca-cola numa festa, se não fossem consideradas ‘gays’ ao fazer isso. Bebida alcoólica é fator socializante indissociável. Você, homem, bebe para parecer machão e para adquirir barriga também. Você, mulher, bebe para se aproximar dos homens pseudo-machões e para mostrar que igualdade de sexos, também remete a igualdade de barrigas.

Um fator interessante associado à barrig... ops bebida, é o aval que ela dá à criatividade, ao mico, à alegria, ao êxtase. A lógica injusta é a seguinte: Se você NÃO estiver bêbado, você NÃO tem justificativa para extravasar suas emoções, você NÃO tem justificativa para ser alegre. Se você bebeu, faça o que quiser porque a bebida justifica tudo.
O mais interessante é que esse aval não é necessariamente efeito da bebida no organismo, é efeito simplesmente da impressão de se estar bebendo. Por exemplo, faça o teste! Vá para uma festa e encha um copo de cerveja (porque é barato, se tiver dinheiro, compra whisky), dê umas duas goladas no copo. Fale com os amigos que você vai dar uma andada para ver se encontra alguém. Longe deles, jogue fora metade do copo. Volte com o copo para perto dos seus amigos e complete com mais cerveja. Depois, fale que vai ao banheiro, joga a cerveja toda no vaso sanitário e volte com o copo vazio (demore um tempo bom viu?). Encha o copo de novo, e pronto! Repetindo a seqüência mais umas duas vezes, você pode ser considerado tonto e, por isso, terá o direito de fazer o que quiser. Os seus amigos vão rir das suas palhaçadas sem te chamar de louco.

É meus caros! Bebida é algo retardado exatamente desse jeito!
Sem maiores rancores, voltemos à festinha do Transaraújo.
O SHOW da festa foi observar as manotas do povo julgo – bêbado. E o ESPORTE foi o ‘surf rodoviário’ (ou vocês acham que é fácil permanecer em pé num ônibus que se arrisca por curvas sinuosíssimas?). Mas, de fato, a combinação ‘ônibus balangando + bebida’ não faz muito bem mesmo não. Uma conversa, que prometia ser produtiva, surgiu no fundo ônibus e virou discussão entre todos da pequena festa.

Toinhão: É gente, agora a gente vai ter de maneirar com a bebida depois dessa lei nova do bafômetro!
Larissa: Maneirar só não. Parar de beber! Um copinho desses de Vodca já acusa no bafômetro sabiam?
Bianca: É, mas, fiquei sabendo que tem pessoas que já estão desenvolvendo um produto que você toma depois que bebe e consegue driblar o bafômetro.
Brazil: Um amigo meu falou que se a gente tomar água com carvão depois que bebe, não dá nada (no bafômetro) não.

Não daria nada mesmo não! Não se eu não tivesse ouvido esse disparate. Mas sou dedo-duro e transformo esse meu texto em denuncia de aviso para os policias: Voz de prisão para os com bafo de carvão também, ok? Kkkkk! Aos cientistas, desenvolvam rapidamente um detector de bafo de carvão!

P.S: Os nomes foram mudados para preservar a identidade dos referidos.