terça-feira, 20 de maio de 2008

Eu sempre quis falar Dele.

Eu sempre quis falar Dele e assim o farei em partes.
Serão textos que brotarão por aí, sempre que me lembrar de argumentos, literaturas ou mesmo trechos dignos de serem lidos.

Muita gente fala que quanto mais uma pessoa estuda, mais se distancia de Deus. Discordo completamente disso e afirmo que, no meu caso, justamente o oposto acontece.

Como estudante da vida (Biologia), seria eu completamente arrogante em atribuir, por exemplo, uma divisão embrionária de qualquer animal, como culpa do vento, do ar ou de um nada qualquer.

Entre as teorias evolucionistas, me julgo uma neodarwinista - criacionista. Acredito em evolução genética, seleção natural, mas em mão de Deus em tudo que aconteceu nesses milhões de anos pela Terra.

Deus não deve ter figura de homem e acho uma pretensão tremenda a gente pensar que ele tenha. Humanos são, desde muito tempo, cêntricos. Essa é uma característica já conhecida. Só lembrar dos nossos erros antigos como de acreditar que a Terra era o centro do Universo.

Deus pode não ser semelhante ao homem, mas cada um tem o direito de criar qualquer forma para ele, desde que todos saibam quem ele é.

Mas então, quem é Deus?
Eu não hei de responder essa pergunta, mas hei de afirmar que ele existe. Pelo menos é melhor acreditar nisso.

Imagine um mundo como uma empresa. Somos os funcionários. Imaginem que essa empresa não tivesse um chefe.

Bom, não sei quanto a vocês, mas sem chefe, sem ninguém para exigir nada, eu não trabalharia com a mesma dedicação nessa empresa. Não seria cobrada por ninguém e não teria ninguém para pagar meu salário!

Deus é esse chefe. Se o mundo inteiro, todos os funcionários, acreditassem que o chefe não existe, ia ser uma confusão danada!
Mundo sem Deus é povo matando um ao outro, fazendo mal ao próximo.

Aí vem um engraçadinho falar que Deus é alienação, que não tem nada a ver essa coisa de ‘respeito ao próximo’ com ‘crença em Deus’.

Primeiro que, quando essa pessoa cita ‘alienação’, com certeza ela faz uma confusão imensa entre Igreja e Deus. (Assunto, talvez, para um outro texto).

Segundo que, ‘respeito ao próximo’ e ‘crença em Deus’ tem a ver sim. Falo por minhas palavras e na voz de muita gente que não teria coragem de dizer o que vou dizer: Se eu não acreditasse na punição pós vida-terrena do meu bom e velho cristianismo, eu mataria pessoas que me fossem inconvenientes.

Não, eu não sou uma psicopata num corpo de uma garota de 19 anos. No mínimo um protótipo sem falsidade do gênero Homo. Fazer o mal à mesma espécie é natural da espécie humana. É natural dos animais. Tem pássaro que come o ovo de outros pássaros. Não seria estranho homem matar homem para sobreviver nesse mundo tão competitivo. E seria uma imensa hipocrisia as pessoas negarem esses ímpetos do inconsciente, sempre voltados para se conseguir proveito em tudo.

Que Deus existe na manipulação molecular da vida, eu não tenho dúvida. Mas Ele pode ser uma invenção para manipular a maldade entre os homens. Ele é a punição que tememos sem conhecer, mas que é eficiente. Ele pode não ser realidade, mas enquanto Ele existi como uma idéia para promover o bem, Ele é bem vindo!

O Deus cristão pregava uma das coisas mais bonitas que deveria ser válida para todos: “amar ao próximo como a ti mesmo”. Agora se Esse Deus era um carpinteiro nascido num curral*, o que importa? Os homens sempre se valeram de histórias e Jesus Cristo pode ser apenas mais uma delas. Não confundam histórias com a essência que elas trazem. E a essência de vida que eu acredito é de base cristã. É a do “amor ao próximo”.

Nesse momento vai ter gente que leu até esse ponto do texto e irá dizer: “Ah não! A autora é uma católica fervorosa que quer impor crenças cristãs sobre as pessoas!”. Gente! Que mal há em afirmar que Deus é “amor ao próximo”? Qual Igreja ou instituição eu estou ofendendo?

Meus caros! Encontro com Deus é algo pessoal. Sempre acreditei nisso. Talvez tenha gente que precise de histórias (Jesus Cristo, Buda, Maomé, Confúcio, pedra, mato) para encontrar Deus. Talvez tenha gente que só precise de um canto, um tempo para pensar e escolher um sentido para vida. Escolher seu Deus.

Eu já escolhi o meu Deus. Ele é amor ao próximo. Ele é vida. Ele é um monte de células invaginando dentro de “uma massa de pizza” para formar o tubo neural de um feto. Sim, Ele é complexo! Mas Homens ficam satisfeitos com coisas simples?

* PÁG. 264. O Rei do Inverno. Volume I. Bernard Cornwell. 9ª edição. Editora Record, SP 2004.

sábado, 10 de maio de 2008

É dedo de homem...

Se para fugir de assaltos e roubos as pessoas deixam a Capital, para criar pombos elas vão ter de deixar o interior.

Essa semana, na nenhum pouco pacata cidade interiorana que vivo: Divinópolis, um crime muito bárbaro foi notificado. Bárbaro não só no sentido de frieza, mas no sentido de exoticidade também.

Foi na segunda-feira, dia 05 de maio. Dois homens armados assaltaram a casa de um criador de pombos e cortaram os pés de quarenta das mais cem aves que ali estavam. Tudo para roubar anilhas presas às patas desses animais. Sim, roubaram pequenos anéis para identificação desses animais e que segundo o dono valiam em torno de três reais cada.

Na simples Matemática da vida, 40 pés vezes três reais é igual a... Cento e vinte reais! Cento e vinte reais meus caros leitores! E ainda em choque com essa conta que acabo de fazer, nego a minha posição de bióloga - defensora dos animaizinhos, para simplesmente admirar a arte desses criminosos em visualizar o capital alheio.

Quem, com normal inteligência, olha para um pombo e imagina uma utilidade tão lucrativa como essa?
Juro que a minha humilde pessoa só consegue imaginar uma farofa de passarinho.

A inteligência para fugir do crime, no entanto, não foi lá grandes coisas. Os suspeitos pegaram o restante de pombos que não haviam decepado e fugiram. Quando a polícia fez uma ronda pelo bairro onde o crime aconteceu, ela encontrou uns pombinhos decepadinhos perto de uma casa. Batata! Era a casa dos pombomaníacos. A filha do dono dos pombos reconheceu os criminosos.

Voltando a minha posição de bióloga... Bem feito para esses insensíveis! É bom quando a punição é imediata, pois coíbe outras ações da mesma natureza que acreditam na impunidade. Vai que esses bandidos ficassem livres por aí. Eles iam acabar tomando gosto pela coisa, aperfeiçoariam a arte decepatória e dia desses começariam a decepar dedo e mão de gente para roubar anel ou outra jóia.

Um minuto de silêncio pelos pombos que morreram antes que qualquer humano tivesse alguma parte decepada.
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Como não achei a notícia na internet, vou indicar o jornal fonte para que os divinopolitanos não me deixem mentir.
Jornal Agora (Regional de Divinópolis MG).
Pág. 4C. Divinópolis, Terça-feira, 06 de maio de 2008.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Eu vou de buzungão branco.

Eu não desisti do sonho de comprar um Honda Civic pretinho não. Mas a disponibilidade de dinheiro e a vontade de dirigir para qualquer lugar do mundo sem ter que implorar a chave do carro de papai, me levou a comprar um fusquinha. O carro é tão bonitinho e eu já estou com tanto ciúmes dele, que o medo que eu teria de estragar um Civic é o mesmo de bater com o meu “buzungão branco”.
Sim, ele já tem nome e é branquinho, só não tem garagem e nem uma dona com dinheiro para pagar uma. O motor é 1300L. O ano é 1977 e não 1952 como eu falei para o povo que vai comigo para a faculdade. Embolei-me nesses números, eu confesso. (O Henrique tinha razão, porque nem fusca desse ano existe).
Eu também não estou nem ligando para essa coisa de “ano”. É carro velho mesmo! Mas é meu. Meu e só meu. E nunca mais terei de ouvir do meu pai: “Cuidado que você vai fundir o motor do Vectra!”. Ele que engula aquele carro dele!
O buzungão, depois que o comprei, recebeu melhoras de quase mil reais. Foi quase todo repintado, recebeu dois pára-choques novos. O próximo investimento é o recapeamento dos bancos. Ainda estou em dúvida entre bancos de vaquinha ou de onçinha.
Ah! O meu buzungão tem radinho. Original! Toca “Umbrella”, “Please don’t stop the music!” (para o Cairo), "Naked-Avril" (para o Johnny), Radiohead (para o Marcelo), Bob Dylan (para o Matteus), Engenheiros (para mim), “Ser corno ou não ser” (para o meu pai). Só tem o detalhe de ter que ligar para a rádio e pedir a música favorita. Nem tudo é perfeito!
Nem tudo, mas algumas coisas são. Perfeito foi o susto que eu tomei esses dias com o meu carrão (vamos começar a impor o devido respeito ao meu buzungão). Andando na rua, quero dizer, desfilando, ouvi uns tiros muito esquisitos. Achei que era tiroteio e quase larguei o volante de desespero. Quando olho... é o meu possante dando uma crise de expressividade.
As vantagens de se ter um fusca são apontadas pela Desciclopédia:
Como não corre, evita mortes em acidentes com altas velocidades.

Como vale nada, é muito barato seu reparo.

Como é simples, com dois neurônios, um alicate e um pedaço de fio, conserta-se qualquer coisa num Fusca.

Como é pequeno, atiça a criatividade ao tentar imaginar posições possíveis para um intercurso sexual dentro dele.
Como ninguém o quer, é à prova de roubos.
Fusca tem dia do caledário em sua homenagem: Dia Mundial do Fusca, 22 de junho. A gente, eu e o buzungão, vai querer receber presente nesse dia. Até lá, fica aí meu convite para amigos, leitores, inimigos, que se interessarem em dar uma voltinha. Paguem a gasolina! Eu estou economizando para pôr os bancos de vaquinha. Sim, decidi por vaquinha bem agora.

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Links legais:

Para você criar o fusquinha dos seus sonhos.

Blog que comprova que os fuscas andam em pares.

O Papa João Paulo II tinha um fusca.

domingo, 4 de maio de 2008

Não passou despercebido!

Créu faz milagre mesmo!
O último texto teve admiráveis 5 comentários!
Outro fenômeno foi um parceiro que surgiu do nada e até fez um texto complementar ao meu. Muito agradecida!!! Confira clicando aqui.
Cochise César, adorei os inteligentes comentários e espero poder retribuí-los muito em breve.
Não bastassem as surpresas, vem um anônimo comentar. E ele usa um apelido que só minha mãe ousava me chamar: "naninha". Obrigada também!
Em resposta ao engraçadinho: Sim, a naninha só pensa em créu. E leia um texto antigo que vai provar que todo mundo também só pensa em créu! Está aqui oh: Os seus GENES só pensam naquilo!!!
Obrigada aos ausentes e presentes que torcem pelo sucesso do blog.