Olha só, falando sério agora. Se um dia eu me casar e o meu marido ficar benzinho p’ra lá, benzinho p’ra cá e abaixar a cabeça para tudo que eu falar, separo dele na hora. Um relacionamento é feito de brigas. Brigas são necessárias para que existam momentos de reconciliação.
Minha mãe, Sra. Nelma, e meu pai, Sr. Januário, estão juntos há mais de 20 anos e o tanto que esses dois se implicam não está escrito. As discussões se dão desde críticas sobre a forma como um e outro jogam Paciência (Spider) no computador, até discussões mais sérias, questionando - por exemplo - onde o outro foi, com quem o outro estava e por aí vai.
Meu pai não é muito de consertar coisas aqui em casa. Mesmo pequenos problemas - como um espelho que precisa ser pendurado na parede – se torna algo complicado de mais para ele. A minha mãe fica louca se tem alguma coisa para arrumar e o meu pai não resolve ou nem chama alguém para socorrer o problema. Para piorar a situação, o senhor meu pai ainda alfineta essa louca dona de casa - que é no que se transforma a dona Nelma nessas situações.
Há alguns meses atrás, a torneira da cozinha começou a vazar água por um problema na rosca ou na borracha vedante, razão que nem vem ao caso. Depois de reclamar horrores para meu pai na cozinha tadinho, a mamãe exigiu providência naquele momento. Sabe o que o Sr. Januário fez? Rancou cinco reais da carteira e falou assim: “Aqui oh! Chama o profissional para te ajudar!”. Lógico! No tom mais debochado possível, porque cinco reais mal dão para comprar um doce na esquina. Na verdade, não sei como ele não teve medo. Pelo que conheço a mãe, se ela estivesse de TPM, ela arrancava aquela torneira e jogava na cabeça de seu homem na hora!
Mas dona Nelma não desiste! Esses dias ela fez um pedido simples para o marido dela: Que ele calçasse direito a máquina de lavar roupas, pois estando em desnível com o solo produzia uma trepidação.
Vocês acham que ele fez alguma coisa?
Minha mãe, Sra. Nelma, e meu pai, Sr. Januário, estão juntos há mais de 20 anos e o tanto que esses dois se implicam não está escrito. As discussões se dão desde críticas sobre a forma como um e outro jogam Paciência (Spider) no computador, até discussões mais sérias, questionando - por exemplo - onde o outro foi, com quem o outro estava e por aí vai.
Meu pai não é muito de consertar coisas aqui em casa. Mesmo pequenos problemas - como um espelho que precisa ser pendurado na parede – se torna algo complicado de mais para ele. A minha mãe fica louca se tem alguma coisa para arrumar e o meu pai não resolve ou nem chama alguém para socorrer o problema. Para piorar a situação, o senhor meu pai ainda alfineta essa louca dona de casa - que é no que se transforma a dona Nelma nessas situações.
Há alguns meses atrás, a torneira da cozinha começou a vazar água por um problema na rosca ou na borracha vedante, razão que nem vem ao caso. Depois de reclamar horrores para meu pai na cozinha tadinho, a mamãe exigiu providência naquele momento. Sabe o que o Sr. Januário fez? Rancou cinco reais da carteira e falou assim: “Aqui oh! Chama o profissional para te ajudar!”. Lógico! No tom mais debochado possível, porque cinco reais mal dão para comprar um doce na esquina. Na verdade, não sei como ele não teve medo. Pelo que conheço a mãe, se ela estivesse de TPM, ela arrancava aquela torneira e jogava na cabeça de seu homem na hora!
Mas dona Nelma não desiste! Esses dias ela fez um pedido simples para o marido dela: Que ele calçasse direito a máquina de lavar roupas, pois estando em desnível com o solo produzia uma trepidação.
Vocês acham que ele fez alguma coisa?
Fez. Escreveu um bilhete e saiu de fininho.
“Nelma quando
você sair verifique a máquina de
lavar. Eu desliguei porque
eu senti algo estranho. Confesso
que fiquei com muito medo sai
sem olhar para traz. Se você tiver
consertado, você me liga.
Januário. Beijão Furacão!”