Serão textos que brotarão por aí, sempre que me lembrar de argumentos, literaturas ou mesmo trechos dignos de serem lidos.
Muita gente fala que quanto mais uma pessoa estuda, mais se distancia de Deus. Discordo completamente disso e afirmo que, no meu caso, justamente o oposto acontece.
Como estudante da vida (Biologia), seria eu completamente arrogante em atribuir, por exemplo, uma divisão embrionária de qualquer animal, como culpa do vento, do ar ou de um nada qualquer.
Entre as teorias evolucionistas, me julgo uma neodarwinista - criacionista. Acredito em evolução genética, seleção natural, mas em mão de Deus em tudo que aconteceu nesses milhões de anos pela Terra.
Deus não deve ter figura de homem e acho uma pretensão tremenda a gente pensar que ele tenha. Humanos são, desde muito tempo, cêntricos. Essa é uma característica já conhecida. Só lembrar dos nossos erros antigos como de acreditar que a Terra era o centro do Universo.
Deus pode não ser semelhante ao homem, mas cada um tem o direito de criar qualquer forma para ele, desde que todos saibam quem ele é.
Mas então, quem é Deus?
Eu não hei de responder essa pergunta, mas hei de afirmar que ele existe. Pelo menos é melhor acreditar nisso.
Imagine um mundo como uma empresa. Somos os funcionários. Imaginem que essa empresa não tivesse um chefe.
Bom, não sei quanto a vocês, mas sem chefe, sem ninguém para exigir nada, eu não trabalharia com a mesma dedicação nessa empresa. Não seria cobrada por ninguém e não teria ninguém para pagar meu salário!
Deus é esse chefe. Se o mundo inteiro, todos os funcionários, acreditassem que o chefe não existe, ia ser uma confusão danada!
Mundo sem Deus é povo matando um ao outro, fazendo mal ao próximo.
Aí vem um engraçadinho falar que Deus é alienação, que não tem nada a ver essa coisa de ‘respeito ao próximo’ com ‘crença em Deus’.
Primeiro que, quando essa pessoa cita ‘alienação’, com certeza ela faz uma confusão imensa entre Igreja e Deus. (Assunto, talvez, para um outro texto).
Segundo que, ‘respeito ao próximo’ e ‘crença em Deus’ tem a ver sim. Falo por minhas palavras e na voz de muita gente que não teria coragem de dizer o que vou dizer: Se eu não acreditasse na punição pós vida-terrena do meu bom e velho cristianismo, eu mataria pessoas que me fossem inconvenientes.
Não, eu não sou uma psicopata num corpo de uma garota de 19 anos. No mínimo um protótipo sem falsidade do gênero Homo. Fazer o mal à mesma espécie é natural da espécie humana. É natural dos animais. Tem pássaro que come o ovo de outros pássaros. Não seria estranho homem matar homem para sobreviver nesse mundo tão competitivo. E seria uma imensa hipocrisia as pessoas negarem esses ímpetos do inconsciente, sempre voltados para se conseguir proveito em tudo.
Que Deus existe na manipulação molecular da vida, eu não tenho dúvida. Mas Ele pode ser uma invenção para manipular a maldade entre os homens. Ele é a punição que tememos sem conhecer, mas que é eficiente. Ele pode não ser realidade, mas enquanto Ele existi como uma idéia para promover o bem, Ele é bem vindo!
O Deus cristão pregava uma das coisas mais bonitas que deveria ser válida para todos: “amar ao próximo como a ti mesmo”. Agora se Esse Deus era um carpinteiro nascido num curral*, o que importa? Os homens sempre se valeram de histórias e Jesus Cristo pode ser apenas mais uma delas. Não confundam histórias com a essência que elas trazem. E a essência de vida que eu acredito é de base cristã. É a do “amor ao próximo”.
Nesse momento vai ter gente que leu até esse ponto do texto e irá dizer: “Ah não! A autora é uma católica fervorosa que quer impor crenças cristãs sobre as pessoas!”. Gente! Que mal há em afirmar que Deus é “amor ao próximo”? Qual Igreja ou instituição eu estou ofendendo?
Meus caros! Encontro com Deus é algo pessoal. Sempre acreditei nisso. Talvez tenha gente que precise de histórias (Jesus Cristo, Buda, Maomé, Confúcio, pedra, mato) para encontrar Deus. Talvez tenha gente que só precise de um canto, um tempo para pensar e escolher um sentido para vida. Escolher seu Deus.
Eu já escolhi o meu Deus. Ele é amor ao próximo. Ele é vida. Ele é um monte de células invaginando dentro de “uma massa de pizza” para formar o tubo neural de um feto. Sim, Ele é complexo! Mas Homens ficam satisfeitos com coisas simples?
* PÁG. 264. O Rei do Inverno. Volume I. Bernard Cornwell. 9ª edição. Editora Record, SP 2004.
3 comentários:
Espero não ter nada a ver com a motivação desse post... porque o engraçadinho que distancia ética de religião eu sou....rs
Mas não não posso negar que a idéia do inferno é um excelente freio social...
No fundo concordo com você quanto à parte do amor ao próximo (vide http://quixotesco.wordpress.com/2008/04/21/a-caridade-e-a-minha-religiao ) mas creio que as pessoas deveriam chegar lá por conta própria. Aliás os jungianos em geral sempre deram mais importância à origem das coisas que ao que elas são.
Mas no entanto tenho que discordar veementemente de você quanto à parte dos assassinatos. Existe uma trava de segurança que nos impede de matar qualquer um do nosso grupo identitário. Para matar alguém precisamos antes excluí-la do grupo do "Nós". É isso que a ideologia fez com nativos americanos, judeus, negros, etc. É isso que as torcidas organizadas fazem com os torcedores do time rival. você nunca mataria pessoas que fossem "inconvenientes". Para despir alguém de humanidade é necessário mais que "inconveniência".
Por isso talvez a melhor religião (leia-se freio social) que tenham inventado seja o humanismo que espalhou junto com os ventos republicanos que todos os seres humanos são a mesma coisa. Que nacionalidade, cultura ou religião não diferenciam as pessoas que são seres humanos, basicamente.
Sem mais, até mais.
Bom dia.
você está sendo formalmente convidada a falar dos deus livros.
Ou fala d cinco livros que você tem, ou de cinco que leu mas não tem.
Sim. É um meme. Mas apesar da maioria deles ser imbecil, gostei desse e de alguns outros no passado.
Be Happy.
(Você é livre para recusar, claro.
"mas enquanto Ele existi como uma idéia para promover o bem, Ele é bem vindo!".
Show!!!
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