segunda-feira, 5 de maio de 2008

Eu vou de buzungão branco.

Eu não desisti do sonho de comprar um Honda Civic pretinho não. Mas a disponibilidade de dinheiro e a vontade de dirigir para qualquer lugar do mundo sem ter que implorar a chave do carro de papai, me levou a comprar um fusquinha. O carro é tão bonitinho e eu já estou com tanto ciúmes dele, que o medo que eu teria de estragar um Civic é o mesmo de bater com o meu “buzungão branco”.
Sim, ele já tem nome e é branquinho, só não tem garagem e nem uma dona com dinheiro para pagar uma. O motor é 1300L. O ano é 1977 e não 1952 como eu falei para o povo que vai comigo para a faculdade. Embolei-me nesses números, eu confesso. (O Henrique tinha razão, porque nem fusca desse ano existe).
Eu também não estou nem ligando para essa coisa de “ano”. É carro velho mesmo! Mas é meu. Meu e só meu. E nunca mais terei de ouvir do meu pai: “Cuidado que você vai fundir o motor do Vectra!”. Ele que engula aquele carro dele!
O buzungão, depois que o comprei, recebeu melhoras de quase mil reais. Foi quase todo repintado, recebeu dois pára-choques novos. O próximo investimento é o recapeamento dos bancos. Ainda estou em dúvida entre bancos de vaquinha ou de onçinha.
Ah! O meu buzungão tem radinho. Original! Toca “Umbrella”, “Please don’t stop the music!” (para o Cairo), "Naked-Avril" (para o Johnny), Radiohead (para o Marcelo), Bob Dylan (para o Matteus), Engenheiros (para mim), “Ser corno ou não ser” (para o meu pai). Só tem o detalhe de ter que ligar para a rádio e pedir a música favorita. Nem tudo é perfeito!
Nem tudo, mas algumas coisas são. Perfeito foi o susto que eu tomei esses dias com o meu carrão (vamos começar a impor o devido respeito ao meu buzungão). Andando na rua, quero dizer, desfilando, ouvi uns tiros muito esquisitos. Achei que era tiroteio e quase larguei o volante de desespero. Quando olho... é o meu possante dando uma crise de expressividade.
As vantagens de se ter um fusca são apontadas pela Desciclopédia:
Como não corre, evita mortes em acidentes com altas velocidades.

Como vale nada, é muito barato seu reparo.

Como é simples, com dois neurônios, um alicate e um pedaço de fio, conserta-se qualquer coisa num Fusca.

Como é pequeno, atiça a criatividade ao tentar imaginar posições possíveis para um intercurso sexual dentro dele.
Como ninguém o quer, é à prova de roubos.
Fusca tem dia do caledário em sua homenagem: Dia Mundial do Fusca, 22 de junho. A gente, eu e o buzungão, vai querer receber presente nesse dia. Até lá, fica aí meu convite para amigos, leitores, inimigos, que se interessarem em dar uma voltinha. Paguem a gasolina! Eu estou economizando para pôr os bancos de vaquinha. Sim, decidi por vaquinha bem agora.

__________________________________________________

Links legais:

Para você criar o fusquinha dos seus sonhos.

Blog que comprova que os fuscas andam em pares.

O Papa João Paulo II tinha um fusca.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ora... O fusca é um bom carro. Não só pelas características desciclpédicas dele.
ele tem personalidade, expressividade.
E um rádio que toca Engenheiros. Isso é melhor que muito carro tunado com ar, câmbio automático e com som fantástico e que toca funk ou sertanejo.

Prefiro o buzungão branco.

Marcelo disse...

E ele não toca Radiohead nem jazz? Precisa ajustar isso, oras.

E quando é que vamos ao teatro, de buzungão, hein?

Anônimo disse...

Ah eu vou de buzungão também,a gente vai. Lembra que vc falou uma vez que queria ir para o litoral de fusca? O carajoso e o fusca vc já tem, eu levo a cabana, o foguinho e a gaita.( é fogo de esquentar mesmo), nem vem pensar bobagem. Bob Dylan!!! Ai, ai... esse buzungão é bom mesmo!