Carta retirada do livro “Mário de Andrade cartas a Anita Mafaltti”, organizado por Marta Rossetti Batista. Editora: Forenze Universitária. 1ª edição. Páginas 97 e 98.
19 de Março 1925
Anita querida,
Faz tempo que não escrevo pra você. Me desculpe. Coisas de doenças e mais doenças. Às vezes fico a matutar que não duro muito, não. Não pense que isto é romantismo nem verdade verdadeira. São pensamentos que vêm e que jogo logo fora porque não adiantam nada. E pouco me incomodo de durar ou não durar. Só peço pra Deus que me deixe acabar ao menos o que tenho começado pra assim eu me justificar com a justiça dos homens deste mundo. Mas si aquele pensamento vem não é porque eu tenha agora alguma doença grave. Porém são tantas doencinhas ajuntadas, vai uma, ficam outras, entra outra... Que diabo! também o corpo cansa. Um dia vem qualquer coisa mais forte, pan! Mário de Andrade morreu.
...Um dia vem qualquer coisa mais forte, pan! Mariana morreu. Só peço pra Deus que me deixe acabar ao menos o que tenho começado pra assim eu me justificar com a justiça dos homens deste mundo.
19 de Março 1925
Anita querida,
Faz tempo que não escrevo pra você. Me desculpe. Coisas de doenças e mais doenças. Às vezes fico a matutar que não duro muito, não. Não pense que isto é romantismo nem verdade verdadeira. São pensamentos que vêm e que jogo logo fora porque não adiantam nada. E pouco me incomodo de durar ou não durar. Só peço pra Deus que me deixe acabar ao menos o que tenho começado pra assim eu me justificar com a justiça dos homens deste mundo. Mas si aquele pensamento vem não é porque eu tenha agora alguma doença grave. Porém são tantas doencinhas ajuntadas, vai uma, ficam outras, entra outra... Que diabo! também o corpo cansa. Um dia vem qualquer coisa mais forte, pan! Mário de Andrade morreu.
...Um dia vem qualquer coisa mais forte, pan! Mariana morreu. Só peço pra Deus que me deixe acabar ao menos o que tenho começado pra assim eu me justificar com a justiça dos homens deste mundo.
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