sábado, 18 de julho de 2009

Ontem.

É férias horas! Por um mês eu acordarei 11 horas com muito orgulho! O dia - para todos - devia funcionar a partir desse horário. E ainda sobra muito tempo para a gente estragar essa fração de 24 horas do tempo. Ontem eu repeti a rotina de casulo ambulante que assumia na minha adolescência. Não muito diferente, onze horas eu acordei. Abri os olhos, é melhor dizer. O processo de descer da cama demora mais outra hora. Nada de café, o almoço está pronto. “Marra esse cabelo para almoçar Mariana!” Minha mãe grita comigo. No espelho eu mesmo concluo: “Meu Deus que porcaria de juba!”. Antes de começar a pentear o cabelo, na privada, o meu mp3 – que já acorda na minha mão – resolve tocar Janis Joplin para mim. Perfeito! Com cabelo monstro que nem o dela que eu estava, eu nasci Janis nesse dia. Incorporei as profundezas de cada grito das músicas dela. E gente! Eu lembrava cada acorde, cada arrancada ganissada que a cantora dava em suas canções. Eu já quis ser Janis, e... na verdade, nem tem tanto tempo assim. Mudei foi nesses últimos dez meses, em que forças estranhas ocultas mataram a minha capacidade de me divertir sozinha e de fazer cover’s artísticos assim... do nada.

Pentear cabelo é uma coisa que eu não gosto. Você também odiaria se tivesse quase um quilo de cabelo na cabeça e de um tamanho enorme que quase alcança a bunda. Então, melhor coisa a se fazer é ir para o chuveiro, passar muito creme para pentear tudo e conseguir, enfim, aparecer em sociedade. A Janis interior murcha junto com a água que acalma os cabelos. Depois de resolvido o ‘hairproblem’, eu almocei. A minha mãe reclama de eu sempre almoçar em horas erradas, mas é que em Alfenas eu faço almoço só quando eu estou com fome. O que acho ser um procedimento honesto com o meu estômago que aceita qualquer tipo de comida, qualquer hora. Esse órgão se tornou uma figura safada do meu corpo que come por comer. O meu estômago nunca questiona se ele realmente está com vontade de comer e estarei trabalhando (gerúndio a la Betina Botox) para educá-lo nesse sentido. Diante da comida de mamãe é impossível resistir. A fome é falsa, o estômago continua safado. Vamos comer! A dieta, ou punição do meu estômago, eu início quando voltar para minha cidade universitária (Alfenas-MG). E essa fome de hoje não foi só para a comida da mamãe. Hoje eu decidi: Iria comer Divinópolis (MG)!

Por onde começar? Quem dividiria o banquete comigo?
Que nada! Assim como chocolate que é bom de comer sozinho - sem ninguém olhando ou desejando um pedaço precioso - eu gosto de apreciar minha cidade sozinha. E assim fiz. Na biblioteca pública, li um monte de crônicas atrasada da Takai no Estado de Minas. Depois desci alguns quarteirões para comer os 5 famosos pãos de queijo por 1 real da Dona Dica. Sentei no banco da Praça do Santuário e observei pessoas passarem apressadas e atrasadas. Há muito tempo não fazia isso! Em Divinópolis há ruas boas de andar, há calçadas elegantes, feito tapete vermelho que te deixam mais importante e até mais bonito. Eu gosto da Antônio Olímpio, da 21 de Abril e da Sete de Setembro em seus trechos centrais. Já a Primeiro de Junho é movimentada por gente sofrida de tanto trabalhar. Quando a gente passa por essa rua, lembra que a cidade não funciona só de coisas aprazíveis como pão de queijo e livros. Gente - de cara feia - demonstra estar cansada de pegar ônibus amarelinhos da Trancid. Será que se o ônibus ficasse cor rosa choque a Primeiro de Junho ficava mais otimista? Mudanças que logo se tornariam rotina.

Eu gosto da minha cidade. Nunca me preocupei em medir o quanto. Continuo não me preocupando. Só sinto. Hoje - morando, a maioria dos dias do ano, na nem tão ruim cidade universitária Alfenas (MG) - vejo como faz falta andar na rua e reencontrar olhares conhecidos. Em Divinópolis eu arrisco o olhar para dentro dos carros a procura de pessoas conhecidas, de amores conhecidos. E há lugares que trazem lembranças boas e há lugares que trazem lembranças ruins. Há degraus que sentei para namorar, há lojas que já comprei vestidos belíssimos na promoção. Eu sei achar tudo nesse lugar. Se me pedirem por uma rosca da parafuzeta, sei onde encontrar. Divinópolis é o terreiro do meu verdadeiro lar. É bom estar aqui!

6 comentários:

Anônimo disse...

precisamos nos encontra, garota!
me liga!

3788166907

.ailton. disse...

nem li. sem tempo.

mas diz uma coisa: qual teu time?

Mariana Martins. disse...

Te ligo segunda Bárbara!




Ailton, Clube Atlético Mineiro! Galo forte e vingadooor! Hehe

.ailton. disse...

Então deixa eu começar dando os pêsames por ser Roth o técnico.

E esse teu texto me fez até ter saudades de minha terra natal, que eu não tinha há um bom tempo. Logo, logo tu vai se sentir à vontade mesmo em Alfenas, verás. E saberás encontrar tudo por lá. E quando tu voltares para Divinópolis, ela não será mais a mesma, e tu te acharás perdida nessa cidade que tu conhecias tão bem. E desejarás voltar para Alfenas. Aconteceu comigo; deve acontecer contigo tbm, um dia. Prepara-te.

Salete Inêz disse...

Oi Mariana, encontrei mas uma pessoa queconta os dias para voltar para Divinópolis, parece que nossa cidade tem um ar diferente, lindas pessoas, um clima mágico que só quem viveu ai é que sabe explicar, e olha pode se passar o tempo que for você sempre saberá onde encontrar tudo, pois tem quase 7 anos que estou morando em Betim, e sempre qu volto para DivinaCity e como se fosse ontem que vim para btim, boas férias e curta de montão nossa Princesa do Oeste, pois daqui uns dias recomeça a batalha... beijos e abraços... saudade

André Luiz Faria disse...

eu também quero dormir até as 11:00 da noite! :) Dormiria por décadas.
Ohhh vida boa!!!! ;)