Impressionante a capacidade que ela tem de matar as borboletas que se atrevem visitar o seu estômago.
É um medo sem igual do amor carnal.
Ninguém atravessa o limiar da boca naquele corpo.
A alma cautelosa permanece só,
É um medo sem igual do amor carnal.
Ninguém atravessa o limiar da boca naquele corpo.
A alma cautelosa permanece só,
a abraçar os amores infantis.
E cria príncipes pelo cheiro de um simples perfume.
Cria outros príncipes, simplesmente pela música que resolveu tocar de fundo em algum beijo.
Na pefumaria descobre a existência solitária de uma essência,
na rádio, a existência solitária de uma música,
no espelho, a existência solitária de uma princesa.
Quem é ela? Corto o meu pescoço e não conto quem é.
E cria príncipes pelo cheiro de um simples perfume.
Cria outros príncipes, simplesmente pela música que resolveu tocar de fundo em algum beijo.
Na pefumaria descobre a existência solitária de uma essência,
na rádio, a existência solitária de uma música,
no espelho, a existência solitária de uma princesa.
Quem é ela? Corto o meu pescoço e não conto quem é.
Um comentário:
Florbela, aliás, é uma das poetisas (senão a melhor) que eu mais gosto.
Soube escrever como quase ninguém o faz. As pausas de seus textos são sublimes, assim como o ponto final que ela colocou em sua vida.
Ailton
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