sábado, 11 de julho de 2009

E eles? O que fazem com esses números?

O Mateus tem 10 anos. Ele é meu vizinho. Arteiro que nem ele, não existe! A sua mãe – mulher fraca, magra, mas brava na fé – põe o filho para rezar terços toda vez que ele faz alguma coisa errada. As penas variam de 1 a 3 terços. 1 terço para palavrões ditos e 3 terços, se ele arruma alguma briga de unha na rua. Essa é a regra da casa ao lado, mas na minha casa também se educa com números.

Eu moro num prédio onde também vive a família inteira por parte do papai. De primos, conto aproximadamente uns 10. Somos praticamente irmãos. 2 deles são rapazinhos, 17 e 19 anos. Idades de afloramento do instinto de safadeza masculina. O meu pai - nobre homem entendedor de finanças - chama os dois novos potenciais reprodutores da família para efetuar cálculos na mesa da cozinha. Calculadora sobre a mesa, o Rafa e o Carlos somaram, multiplicaram, fizeram suposições de inflação, juros simples, composto... e resultado: Um filho, até completar 18 anos, não fica por menos de 30 mil reais! Isso só com o pagamento mínimo da pensão, tirando consultas médicas extras e auxílio externo.

Resultado funcional: O Mateus parou com as agressões físicas e as agressões verbais ele anda fazendo baixinho. O Carlos falou que só vai pegar mulheres acima de 60 anos com afirmação de passagem pela menopausa.

4 comentários:

Anônimo disse...

Não gostei do resultado: a medida de amar é amar sem medida.

Anônimo disse...

isso aí em cima fui eu.
Ailton

Carlos disse...

kkkkkkkk muito bem argumentado prima!

Luciano Oliveira disse...

A matemática realmnte se aplica em tudo. Eu não acho que eu valhe 30 mil. Coitado do Mateus, mas a tática da mãe dele é infalivel.