O banco de esperma para boi funciona assim: pega-se o material dos melhores e mais resistentes animais para ser congelado e vendido a lances caríssimos em leilões. Em banco de esperma de gente o quesito ‘resistência’ não costuma ser muito observado. O material mais procurado é aquele que origina ser humano loirinho e de olho azul.
O certo de fazer banco de esperma de gente era pegar esperma de pobre e não esperma de loiro rico. Darwin me daria voz e razão para afirmar que esperma de pobre é mais resistente. O único jeito de pobre viver e ver seus filhos crescerem é não tendo doença nenhuma. Adoecer implica em gastos para desadoecer. Às vezes se gasta muito. Muito mesmo! Nó máximo, no máximo, é permitido ao pobre adoecer de gripe, dor de cabeça e caganeira. Pé rapado que se atreve a ter doença de rico, morre.
É aí que a seleção natural de pobre resistente, produtor de espermatozóide resistente, tem total fundamento. Por serem privados de atendimento humanitário de saúde, pobre que adoece não sobrevive.
Toda reflexão começa nas minhas sólidas observações de que saúde é um comércio sujo, voltado exclusivamente para quem tem dinheiro. Em Medicina observa-se evolução em tudo quanto é área. Equipamento novo para tratar unha encravada do dedo mindinho e o escambal. Mas tudo p’ra quem pode pagar e render lucro os medicozinhos.
O meu primeiro período cursando ciências médicas me permite observar um monte de jovenzinhos já matutando como vão recuperar os R$3718,00 (Três mil setecentos e dezoito reais!) gastos, por mês, para quitar a faculdade.
A ambição nas áreas médicas é obscena mesmo e parece que muita coisa podre advém disso. Eu estudei na disciplina de ‘Saúde infantil’ que tem teste do pezinho para pobre e teste do pezinho para rico. Teste do pezinho para pobre é o básico gratuito fornecido pelo SUS e identifica apenas 5 doenças. Teste do pezinho de rico pode ser o Ampliado, o Plus, o Master ou o Expandido. Vai do bolso e do gosto do freguês. O Ampliado identifica sete doenças e o Master mais de 16 doenças!
O teste do pezinho deve ser feito até o quinto dia de vida da criança, porque identifica doenças graves como a Galactosemia que exige ações imediatas sobre o recém-nascido. Um bebê com Galactosemia, por exemplo, deve ser imediatamente proibido de mamar, sujeito a morte se isso não acontecer. Um ser galactosemico tem intolerância à substância galactose presente no leite, porque não consegue metabolizá-la. O excesso de galactose no sangue do ser doente vai causar morte sem o socorro em tempo.
O teste do pezinho do SUS não identifica a Galactosemia. Pobre com Galactosemia morre simplesmente por não ser avisado que não podia tomar leite.
Pobre galactosêmico que, por sorte, juntou dinheiro para o teste Plus, morre também. A dieta na ausência de galactose exige suplementos caros. Sem dinheiro para comprar, passa-se sem.
O jeito é torcer para o espermatozóide ser bom para beber leite. Engraçado que, no boi, espermatozóide bom é para dar leite. Evitemos comparações para eu também não me complicar confundindo gente com animal.
O certo de fazer banco de esperma de gente era pegar esperma de pobre e não esperma de loiro rico. Darwin me daria voz e razão para afirmar que esperma de pobre é mais resistente. O único jeito de pobre viver e ver seus filhos crescerem é não tendo doença nenhuma. Adoecer implica em gastos para desadoecer. Às vezes se gasta muito. Muito mesmo! Nó máximo, no máximo, é permitido ao pobre adoecer de gripe, dor de cabeça e caganeira. Pé rapado que se atreve a ter doença de rico, morre.
É aí que a seleção natural de pobre resistente, produtor de espermatozóide resistente, tem total fundamento. Por serem privados de atendimento humanitário de saúde, pobre que adoece não sobrevive.
Toda reflexão começa nas minhas sólidas observações de que saúde é um comércio sujo, voltado exclusivamente para quem tem dinheiro. Em Medicina observa-se evolução em tudo quanto é área. Equipamento novo para tratar unha encravada do dedo mindinho e o escambal. Mas tudo p’ra quem pode pagar e render lucro os medicozinhos.
O meu primeiro período cursando ciências médicas me permite observar um monte de jovenzinhos já matutando como vão recuperar os R$3718,00 (Três mil setecentos e dezoito reais!) gastos, por mês, para quitar a faculdade.
A ambição nas áreas médicas é obscena mesmo e parece que muita coisa podre advém disso. Eu estudei na disciplina de ‘Saúde infantil’ que tem teste do pezinho para pobre e teste do pezinho para rico. Teste do pezinho para pobre é o básico gratuito fornecido pelo SUS e identifica apenas 5 doenças. Teste do pezinho de rico pode ser o Ampliado, o Plus, o Master ou o Expandido. Vai do bolso e do gosto do freguês. O Ampliado identifica sete doenças e o Master mais de 16 doenças!
O teste do pezinho deve ser feito até o quinto dia de vida da criança, porque identifica doenças graves como a Galactosemia que exige ações imediatas sobre o recém-nascido. Um bebê com Galactosemia, por exemplo, deve ser imediatamente proibido de mamar, sujeito a morte se isso não acontecer. Um ser galactosemico tem intolerância à substância galactose presente no leite, porque não consegue metabolizá-la. O excesso de galactose no sangue do ser doente vai causar morte sem o socorro em tempo.
O teste do pezinho do SUS não identifica a Galactosemia. Pobre com Galactosemia morre simplesmente por não ser avisado que não podia tomar leite.
Pobre galactosêmico que, por sorte, juntou dinheiro para o teste Plus, morre também. A dieta na ausência de galactose exige suplementos caros. Sem dinheiro para comprar, passa-se sem.
O jeito é torcer para o espermatozóide ser bom para beber leite. Engraçado que, no boi, espermatozóide bom é para dar leite. Evitemos comparações para eu também não me complicar confundindo gente com animal.
Um comentário:
o interessante é que o homem é mamífero, mas nasce com intolerância à lactose.
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