Eu moro no Brasil, um país que fica relativamente no meio da placa tectônica sul-americana. O povo que vive aqui é protegido de maremotos e terremotos em níveis altos da escala Richter. O Estado que vivo é Minas Gerais e as chuvas aqui – pelo menos na região centro oeste dessa unidade federativa que é onde fica a minha casinha – têm ciclos regulares. Isso é muito útil para o homem plantar e a região quase nunca passa por escassez de água para consumo. A cidade que me acolhe é Divinópolis e se gaba de ser a quinta melhor de Minas Gerais. Mais de 80 % do povo daqui tem água limpa tratada chegando em casa, bem como canalização de esgoto, que apesar de não ser tratado não fica na cidade e vai embora pelo rio Itapecerica. O bairro que eu moro é bom, fica perto do centro e tem muitas ruas e casas bem estruturadas. A minha rua é calçada e tem quatro árvores bonitas, duas da quais se enchem de flores amarelinhas toda primavera.
Ataque terrorista, maremoto, vendaval, neve, terromoto, seca, redemoinho, erupção vulcânica, tsunami, chuva de mais, chuva de menos. Tudo isso sempre me pareceu produção holiwoodiana porque felizmente aconteceu bem longe do refúgio que é o meu lar. E quando qualquer desastre desses acontecia, era pela televisão que ficava sabendo de tudo, com direito a melhores imagens, gente chorando que nem em filmes, desgraça acontecendo que nem nos filmes.
A quantidade de desgraças foi se avolumando na TV e as cenas que trazem pessoas e mais pessoas morrendo e sofrendo são comuns. Tudo contribuiu pela minha insensibilidade às coisas ruins que acontecem no mundo.
Na madrugada do dia 17 para o dia 18 de dezembro, contudo, desgraça aconteceu bem perto da minha segura residência. A insensibilidade que ousava sustentar foi infelizmente quebrada por um monte de casas inundadas até o teto. E essas casas se distanciavam no máximo há quatro quarteirões da minha casa! A água do rio Itapecerica recebeu um volume de água grande por demais da leva de chuvas que aconteceu na região. Subiu quase sete metros além do leito normal do rio e inundou casas e edificações da população que vive às margens do rio e às margens do córrego Flecha que atravessa a cidade. A força e a quantidade de água nos rios interditaram quatro pontes da cidade. Ainda cerca de 200 mil habitantes ficaram sem água por cerca de três dias. Já que a estação de tratamento foi completamente inundada.
Enfim, é muito ruim ter de ver tragédia acontecer perto da gente para acreditar que elas acontecem. Eu peno em saber da fragilidade de todos nós diante das muitas intempéries que nos pegam de surpresa. O meu pedido para o papai Noel é que ele ajude as famílias a reconstruir os danos causados pela enchente e que ele proteja as árvores da minha rua contra qualquer coisa braba da natureza que possa impedir o aparecimento das flores amarelinhas da primavera.
Ataque terrorista, maremoto, vendaval, neve, terromoto, seca, redemoinho, erupção vulcânica, tsunami, chuva de mais, chuva de menos. Tudo isso sempre me pareceu produção holiwoodiana porque felizmente aconteceu bem longe do refúgio que é o meu lar. E quando qualquer desastre desses acontecia, era pela televisão que ficava sabendo de tudo, com direito a melhores imagens, gente chorando que nem em filmes, desgraça acontecendo que nem nos filmes.
A quantidade de desgraças foi se avolumando na TV e as cenas que trazem pessoas e mais pessoas morrendo e sofrendo são comuns. Tudo contribuiu pela minha insensibilidade às coisas ruins que acontecem no mundo.
Na madrugada do dia 17 para o dia 18 de dezembro, contudo, desgraça aconteceu bem perto da minha segura residência. A insensibilidade que ousava sustentar foi infelizmente quebrada por um monte de casas inundadas até o teto. E essas casas se distanciavam no máximo há quatro quarteirões da minha casa! A água do rio Itapecerica recebeu um volume de água grande por demais da leva de chuvas que aconteceu na região. Subiu quase sete metros além do leito normal do rio e inundou casas e edificações da população que vive às margens do rio e às margens do córrego Flecha que atravessa a cidade. A força e a quantidade de água nos rios interditaram quatro pontes da cidade. Ainda cerca de 200 mil habitantes ficaram sem água por cerca de três dias. Já que a estação de tratamento foi completamente inundada.
Enfim, é muito ruim ter de ver tragédia acontecer perto da gente para acreditar que elas acontecem. Eu peno em saber da fragilidade de todos nós diante das muitas intempéries que nos pegam de surpresa. O meu pedido para o papai Noel é que ele ajude as famílias a reconstruir os danos causados pela enchente e que ele proteja as árvores da minha rua contra qualquer coisa braba da natureza que possa impedir o aparecimento das flores amarelinhas da primavera.
3 comentários:
é querida amiga Mariana, o seu desejo para o final do ano é maravilhoso, o meu pai infelizmente foi um que foi prejudicado pelas águas do Rio Itapecerica, a casa dele é a 200 metros do rio... Também tive o mesmo pensamento que você, só acontecendo pertinho da gente para aprendermos a dar um valor e ver com outros olhos! Um big beijo do seu fã
André Luiz
meu quintal pareceu santa catarina, mas sem os takes cinematográficos da globo.
A galinha fez quá-quá.
Só não pedi isso no natal.
Pedi um beijo que não ganhei e uma flor que não nascerá na sua rua até a aprimavera.
Quando a gente se ver, esla estará amarelinha, assim espero.
Um beijo.
Entrou água na casa de um amigo meu que mora no Porto Velho...
Sabe, na época da inundação, a Paum escreveu no orkut dela um texto interessante sobre isso... A gente fica colocando a culpa na natureza cruel, mas não lembra que as pessoas destroem as matas ciliares, jogam lixo nos bueiros e nos rios, desmatam o entorno do rios... Aí quando chove, a água não tem pra onde ir, o rio tá alto por causa do lixo e inunda...
Bjim pra vc, feliz ano novo, tudo de bom sempre!
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