Sabe quando você resolve arrumar seus guardados antigos para ver se surge algum espaço porque já não há onde pôr mais nada? Então, entenda – mesmo você que não tem antiquaria acumulada - que essa é uma das tarefas mais doídas de se fazer. Seja pelo lado emocional, que te faz ficar cheirando ou olhando algum objeto por minutos, seja pela quantidade de coisas, o que torna tudo muito cansativo.
No meu caso a coisa é caótica! Eu guardo desde o meu primeiro brinquedo até o laço que embalou as flores dos meus quinze anos. É algo obsessivo e caracteriza uma doença que não lembro o nome, mas é relatada no livro 'Mentes e Manias'.
Tem os momentos que me disponho a jogar algumas coisas fora. Tipo, na última reorganizada, joguei fora o papel de bala Halls que ganhei do primeiro garoto que beijei. Juntando tudo o que consegui eliminar, não deu mais que o espaço de uma caixa de sapatos. Resultado: Meu guarda-roupa continua com seus ¾ ocupados por objetos que chegam a ser até estranhos.
Só para noção da coisa, tenho um walkman de fita tape, uma fita dos Mamonas Assassinas, uma coleção de papel de bombom Personalidades com personagens da Warner Bros, um tererê da primeira vez que fui à praia e uma barriga de Barbie grávida que paria um bebezinho no tamanho da metade de um dedo mindinho. [Um esclarecimento: A Barbie foi doada, o bebê caiu no ralo do tanque da minha antiga casa quando fui dar banho nele = trauma de infância. Só sobrou a barriga e juro que não sei por ainda tenho ela e fico me martirizando olhando aquilo.]
Para consolo daqueles que já estavam começando a soltar uma lágrima no canto do olho, guardo muita coisa que traz lembrança boa! Prova disso foi um achado bem lá no cantinho da minha gaveta inferior: Uma camisa de time de futebol!
Eu já tive um time de futebol! Pasmem-se! Foi na época de colégio, quando fazia o terceiro ano no Cefet da minha cidade. O nome do time era SVEC. Bunitinho não é não? Mas a coisa pega é no esclarecimento das inicias: Safadonas Voadoras Esporte Clube. Fora o nome engraçado - que tem todo um significado e já já eu explico- hilário era a posição que eu jogava: Todas!
‘Safadonas Voadoras’ faz você leitor pensar que a gente era um bando de safadas que só jogava futebol por status na escola. O ‘Voadoras’ ainda sugere que o time arrasava na agilidade em campo. Equívoco total! Éramos um bando de pernas de pau que só conheciam uma regra do futebol: Colocar a bola dentro de uma coisa que se chama gol! E confesso que ainda não havia consenso sobre qual dos dois gols era o certo.
Inscrevemos o time no campeonato da escola e para fazer ainda mais bonito, criamos uniforme e tudo o mais. Atrás da minha blusa (a que achei no guarda-roupas) tem pintado o meu nome e o número: Doida, √10,8. (hehe!)
Vocês leitores pasmem-se de novo! O time tinha hino! E ao conhecer a cantiga que embalou as nossas vitórias (?) vão, enfim, conseguir entender o nome ‘Safadonas Voadoras’.
Uma homenagem à dupla sertaneja Gino e Geno, eis o nosso hino: “Eu digo isso, digo numa boa, mulher que não dá voa, mulher que não dá voa!”.
E a apartir daí começava a nossa brincadeira. Todas meninas eram Safadonas no espírito debochado e puro da coisa. Tanto é que a gente não dava e por isso Voava. Voava porque sempre fomos alegres, criativas e na época, com certeza, tínhamos metade dos problemas de hoje. Ninguém segurava a gente! Ninguém segurava os nossos sonhos!
É uma das boas lembranças que ficam pela minha vida! Do tempo que tive uma camisa oficializada para vestir: a da Alegria.
No meu caso a coisa é caótica! Eu guardo desde o meu primeiro brinquedo até o laço que embalou as flores dos meus quinze anos. É algo obsessivo e caracteriza uma doença que não lembro o nome, mas é relatada no livro 'Mentes e Manias'.
Tem os momentos que me disponho a jogar algumas coisas fora. Tipo, na última reorganizada, joguei fora o papel de bala Halls que ganhei do primeiro garoto que beijei. Juntando tudo o que consegui eliminar, não deu mais que o espaço de uma caixa de sapatos. Resultado: Meu guarda-roupa continua com seus ¾ ocupados por objetos que chegam a ser até estranhos.
Só para noção da coisa, tenho um walkman de fita tape, uma fita dos Mamonas Assassinas, uma coleção de papel de bombom Personalidades com personagens da Warner Bros, um tererê da primeira vez que fui à praia e uma barriga de Barbie grávida que paria um bebezinho no tamanho da metade de um dedo mindinho. [Um esclarecimento: A Barbie foi doada, o bebê caiu no ralo do tanque da minha antiga casa quando fui dar banho nele = trauma de infância. Só sobrou a barriga e juro que não sei por ainda tenho ela e fico me martirizando olhando aquilo.]
Para consolo daqueles que já estavam começando a soltar uma lágrima no canto do olho, guardo muita coisa que traz lembrança boa! Prova disso foi um achado bem lá no cantinho da minha gaveta inferior: Uma camisa de time de futebol!
Eu já tive um time de futebol! Pasmem-se! Foi na época de colégio, quando fazia o terceiro ano no Cefet da minha cidade. O nome do time era SVEC. Bunitinho não é não? Mas a coisa pega é no esclarecimento das inicias: Safadonas Voadoras Esporte Clube. Fora o nome engraçado - que tem todo um significado e já já eu explico- hilário era a posição que eu jogava: Todas!
‘Safadonas Voadoras’ faz você leitor pensar que a gente era um bando de safadas que só jogava futebol por status na escola. O ‘Voadoras’ ainda sugere que o time arrasava na agilidade em campo. Equívoco total! Éramos um bando de pernas de pau que só conheciam uma regra do futebol: Colocar a bola dentro de uma coisa que se chama gol! E confesso que ainda não havia consenso sobre qual dos dois gols era o certo.
Inscrevemos o time no campeonato da escola e para fazer ainda mais bonito, criamos uniforme e tudo o mais. Atrás da minha blusa (a que achei no guarda-roupas) tem pintado o meu nome e o número: Doida, √10,8. (hehe!)
Vocês leitores pasmem-se de novo! O time tinha hino! E ao conhecer a cantiga que embalou as nossas vitórias (?) vão, enfim, conseguir entender o nome ‘Safadonas Voadoras’.
Uma homenagem à dupla sertaneja Gino e Geno, eis o nosso hino: “Eu digo isso, digo numa boa, mulher que não dá voa, mulher que não dá voa!”.
E a apartir daí começava a nossa brincadeira. Todas meninas eram Safadonas no espírito debochado e puro da coisa. Tanto é que a gente não dava e por isso Voava. Voava porque sempre fomos alegres, criativas e na época, com certeza, tínhamos metade dos problemas de hoje. Ninguém segurava a gente! Ninguém segurava os nossos sonhos!
É uma das boas lembranças que ficam pela minha vida! Do tempo que tive uma camisa oficializada para vestir: a da Alegria.